Mucugê na Chapada Diamantina

5 atrações na região de Mucugê na Chapada Diamantina que você precisa conhecer

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Américo, Simone e Meg

Que as nossas experiências inspirem sua próxima grande aventura!

Mucugê na Chapada Diamantina, Bahia, é uma cidade que mescla história, cultura e natureza e com mérito, conquistou o título de Patrimônio Nacional pelo IPHAN. Com um charme próprio, Mucugê, que já é um encanto, destaca-se pelas maravilhosas atrações ao seu redor, tornando-a um destino imperdível para quem busca uma experiência enriquecedora e inesquecível.

5 atrações na região de Mucugê na Chapada Diamantina

Situada a 900 metros de altitude, Mucugê se destaca como uma das pérolas da Chapada Diamantina. Emoldurada por uma paisagem deslumbrante, a cidade não só oferece uma infraestrutura acolhedora para visitantes, mas também preserva a beleza de seus casarões coloniais, tornando-se um ponto de partida ideal para o visitante explorar as maravilhas que estão ao seu redor.

A experiência em Mucugê vai além da contemplação da arquitetura histórica da cidade como a Paróquia São João Batista, ela se estende a emocionantes aventuras, como visitas a grutas e cachoeiras, caminhadas revigorantes por trilhas e a oportunidade de explorar rios por meio da canoagem. Em cada atividade, a cidade revela sua incrível fusão de história, cultura e natureza, garantindo aos visitantes uma jornada enriquecedora e inesquecível.

1- Vila de Igatu, a cidade de pedra

A pitoresca Vila de Igatu, situada a meros 37 km de Mucugê, é um destino imperdível para os amantes de história e beleza natural. Este distrito, pertencente ao município de Andaraí, reserva uma jornada inesquecível aos visitantes. Apesar do desafio da estrada de pedras, cujo balanço do carro é o principal obstáculo, a recompensa é extraordinária.

A experiência de percorrer a estradinha sinuosa é, por si só, uma aventura que conduz os turistas a uma localidade única. Igatu, com seu valor histórico e cultural, fascina a todos com seus casarios de pedra, testemunhas silenciosas do apogeu e declínio do ciclo do diamante no século XIX. O abandono dessas construções adiciona um toque de mistério à atmosfera da cidade, consolidando-a como um patrimônio histórico.

Não por acaso, Igatu é frequentemente comparada à icônica cidade peruana de Machu Picchu, devido à semelhança de suas construções em pedra. Este ponto turístico é um convite à contemplação da história entrelaçada com a beleza natural. Igatu é mais que um destino, é uma imersão em um passado fascinante e uma apreciação da serena beleza que persiste no presente. Reserve algumas horas para desbravar as ruas de pedra e desvendar os segredos dessa cidade, uma jóia encravada nas paisagens da Bahia.

2- Cemitério Bizantino e sua atmosfera mística

Ao pé de um imponente paredão às margens da BA-142, desenha-se um cenário único e intrigante: o Cemitério Bizantino de Mucugê. O cemitério foi erguido entre 1885 e 1886, durante um período marcado por surtos de cólera e varíola na região e ganhou destaque pela singularidade de suas sepulturas, que lembram pequenas igrejas católicas góticas, seguindo o estilo arquitetônico neogótico do século XVIII.

A história que envolve esse local é tão fascinante quanto sua estrutura. Em meio à riqueza proporcionada pela exploração de diamantes na região, barões do minério, influenciados por compradores turcos, decidiram criar mausoléus imponentes. Alguns desses barões, inclusive, contrataram arquitetos estrangeiros para dar forma a essas construções. A denominação “bizantino” remete às semelhanças com as cúpulas brancas do Mar Egeu, produzidas durante o Império Bizantino nos séculos 10 e 11.

O Cemitério Bizantino de Santa Izabel é considerado único no Brasil, destacando-se não apenas por seu valor histórico, mas também por permanecer ativo e pelo esplendor de suas lápides brancas. Ao anoitecer, a iluminação azul intensifica a atmosfera mística do local. Vários relatos e interpretações contribuem para a complexidade do nome “bizantino,” alguns fazendo referência às cúpulas do Mar Egeu, outros à grandiosidade das construções imperiais bizantinas. Vale lembrar que outro exemplar desse estilo pode ser encontrado em Parma, na Itália.

3- Poço Encantando, um espetáculo de luz

O Poço Encantado, destaque notável na Chapada Diamantina, proporciona uma experiência singular e deslumbrante. O grande diferencial desse local é a entrada de um raio de sol na gruta, resultando em espetáculos visuais magníficos no interior do poço. Esse fenômeno único ocorre das 10h às 13h30 em dias ensolarados, durante os meses de abril a setembro. Nesse período, a água cristalina se transforma em um azul profundo, criando um espetáculo de luz verdadeiramente extraordinário.

A descida até o Poço Encantado é feita por escadas e rochas, e ao adentrar a gruta, os visitantes são impactados por uma visão deslumbrante. O guia solicita o desligamento de câmeras e celulares por um período para que todos possam apreciar e sentir o silêncio. Vale lembrar que o local é para apreciar e registrar imagens, pois é proibido nadar. É recomendável chegar cedo pelo alto volume de visitantes, especialmente na alta temporada.

A visitação é conduzida por guias locais, mas não é necessário contratá-los com antecedência, sendo possível chegar de forma independente, especialmente para quem está de carro. Muitos aventureiros aproveitam a oportunidade e combinam a visita ao Poço Encantado com o Poço Azul, 30 km distantes um do outro, com característicos fenômenos de luzes.

4- Poço Azul, uma experiência mágica

O Poço Azul, localizado a 47 km de Mucugê, destaca-se como uma atração subaquática única, permitindo a flutuação em suas águas, ao contrário do Poço Encantado. A visita guiada, de fácil acesso por uma trilha rápida e alguns degraus, proporciona uma jornada envolvente. Descoberto em 1920 e transformado em atração turística em 1995, a visitação é paga e inclui; máscara, snorkel, colete salva-vidas e guia. Com sua popularidade, é aconselhável chegar cedo para evitar longas esperas, visto que o número de visitantes na gruta é limitado a 12 por vez.

A caminhada até a entrada da gruta é curta e fácil, com orientações do guia sobre o banho e informações sobre o Poço. Antes de entrar na água, é necessária uma ducha para remover resíduos. A tonalidade azul turquesa do poço, com profundidade de 4 a 21 metros, é notável, especialmente pela transparência da água. O tempo de banho varia de 20 a 40 minutos, oferecendo uma experiência mágica. Durante algumas épocas do ano, ocorre a refração solar (fevereiro a outubro), destacando o período ideal de visitação entre 12h30 e 14h. Algumas pessoas combinam a visita ao Poço Azul com o Poço Encantado, a cerca de 80 km de distância, sendo este melhor explorado entre abril e setembro. É essencial não confundir o Poço Azul com a Gruta Azul da Fazenda Pratinha, que possui visibilidade limitada e não permite banho. Incluir o Poço Azul no roteiro da Chapada Diamantina é uma experiência valiosa.

5- Projeto Sempre Viva. Cultura, trilhas e cachoeiras

O Parque Sempre Viva, situado a apenas 5 km de Mucugê, é um verdadeiro refúgio natural que oferece uma combinação fascinante de trilhas, cachoeiras e uma exposição informativa sobre o Projeto Sempre Viva e o Garimpo. Ao chegar cedo, os visitantes têm a oportunidade de explorar a trilha até a Cachoeira Tiburtino, sendo aconselhável começar por essa, pois a parte mais longa da trilha não é sombreada. O parque tende a ficar movimentado em feriados, tornando a antecipação uma sábia estratégia.

O Centro de Visitantes serve como a base do parque, abrigando uma pequena loja com produtos locais da Chapada Diamantina, como artesanatos, cachaça e café de alta qualidade. Duas exposições dentro do centro detalham a história do Projeto Sempre Viva na região e oferecem insights sobre o período do garimpo. Nas proximidades, o Rancho do Garimpeiro oferece uma recriação autêntica da vida dos garimpeiros locais, proporcionando uma visão envolvente dessa parte da história.

Localizada a apenas 5 minutos do centro de visitantes, a Cachoeira da Piabinha se revela como um convite ao banho, mesmo durante a época de seca. Suas águas criam pequenas piscinas naturais, proporcionando um cenário perfeito para relaxamento. Esta cachoeira se destaca como uma opção encantadora para aqueles em busca de momentos de tranquilidade e contato direto com a natureza.

Para acessar a Cachoeira do Tiburtino, o visitante precisa atravessar a Piabinha. A rota, mesmo estreita e desprovida de sombras, revela sua beleza única. Ao longo do percurso, siga as placas indicativas até alcançar um lago deslumbrante. A travessia do rio, feita pela corda vermelha, conduzirá à margem esquerda, seguindo sempre em descida. A cachoeira surpreende com sua beleza, apresentando uma escadaria de pedras brancas banhadas pelas águas de tonalidade ferrugem, proporcionando uma experiência única.

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